outubro 28, 2004

GO

De GlOrious.
Como mudaste a minha vida faz hoje dois anos tens direito a:
  • falar para sempre "axim"
  • a sorrir para mim sempre que descobrires uma brincadeira nova
  • a abraçar-me sem conseguires dar a volta aos meus ombros
  • a obrigar-me a estar com o radar permanentemente ligado só porque estás a andar
  • a fazer-me avaliar qualquer local pelo número, tipo e altura de arestas perigosas que tenha
  • a comer na cadeirinha com os pés apoiados nos meus joelhos enquanto enrolas os dedos
  • a derreter-te quando olhas para a mummy
  • a ter o feitio do daddy
  • a chamar-me Dinho...

... e a fazer mais não sei quantas coisas que fazes e que eu ainda não descobri. Tudo o que queiras.

(Eu sei, eu sei. São presentes para mim. Mas quem tem godsons assim...)

Le godfather

outubro 27, 2004

A

De Agora.
Já cá cantam setecentos e vinte e oito "agoras". O normal é que quando estou contigo, mesmo quando tenho que te partilhar (que é a maioria das vezes desde que deixaste de me fazer sitting), o agora valha por todos os antes.
Não percas isto de vista. Queres todo o mimo agora, toda a correria agora, a atenção toda, agora.
Deixa que com o depois preocupo-me eu. Palavra.
Le godfather.

outubro 26, 2004

Voltaram a raptar a Princesa

Por muito que me custe admiti-lo, confesso que me enganei e que é com orgulho que oiço dizer que, José Barroso seja louvado, deixámos de ser os eternos coitadinhos da União europeia e que até já exportamos boas práticas para as instituições comunitárias.

Graças a José Barroso, estamos em quarto lugar no ranking dos Estados-membros com mais funcionários nas instâncias comunitárias - leia-se Gabinetes de Comissários. Quando Barroso abandonar a Comissão, provavelmente poucos restarão daqueles que agora entraram, insisto, para Gabinetes, sem passar nenhum concurso. Mas isso pouco interessa. Viva José Barroso!

A Comissão Barroso será enfim votada esta semana pelo Parlamento europeu e Buttiglione será o próximo Comissário para o Espaço de Liberdade, Segurança e Justiça. No humilde exercício das suas funções, terá que tomar decisões em matérias tão prosaicas como as liberdades individuais – não foi ele que disse que a homossexualidade era pecado? - ou a imigração – não apoiou ele a ideia de criação de ‘campos de espera’ para putativos imigrantes, nos seus países de origem? Como mulher, não aceito que se vote num senhor que hoje, em pleno século XXI, defende que o lugar das mulheres/esposas, é em casa a educar os filhos. Basta que uma mulher vote a favor desta Comissão para que a Princesa Europa seja defraudada. Mais grave ainda é o facto de Barroso ter conseguido exportar para Bruxelas o que temos de melhor: a duplicação institucional. É bem conhecida a tendência portuguesa para a Administração paralela, esvaziando a Pública, dos seus poderes. Ora, Barroso não arranjou melhor forma de convencer os deputados europeus a votar na ‘sua’ Comissão do que prometer que criaria uma estrutura, sob sua supervisão – o que, diga-se de passagem, nos deixa muito mais descansados -, para fiscalizar eventuais desvios de Buttiglione. Forza José Barroso!

Sexta-feira, se tudo correr bem, encontro marcado em Roma, como em 1957, para a assinatura do Tratado constitucional da União europeia. Europa esperava uma filha, saiu-lhe um filho. Embora não se saiba nem quando, nem como se vai colocar a decisão sobre a sua ratificação aos Portugueses, talvez não fosse má ideia o governo começar a pensar na possível eventualidade de criar uma estrutura inter-, para-, ou extra-ministerial qualquer para trazer este debate para a praça pública. Antes que o resgate pedido pelos raptores da Princesa seja alto de mais.

PC

Notas finais, à la surfista vichyssoise: a primeira para agradecer o empréstimo deste speaker’s corner; a segunda para George Weah – sim, o futebolista -, que se poderá tornar no próximo presidente da Libéria. Hélas, mais um Jorge.

Acho que este nem precisa de comentários. Que maravilha, isto dos blogues. Keizer Soze.


TI




De ti.
Diz-me lá: como é que fazes para transformar as tuas conquistas quotidianas nos maiores acontecimentos da minha vida?! Fazes ideia do que é para mim ouvir-te dizer "Thanks!" pela primeira vez??
Ou para os alquimistas é indiferente se usam gesso ou cobre desde que criem sempre o ouro?
Nunca coubeste em mim. És maior.
Le godfather.

outubro 25, 2004

SAN




Já por cá andas, quase, há dois anos. A ver se arranjo uma casa, só nossa, para guardar tudo o que ganhei contigo. É que não é só riso.

E nada fica arrumadinho. Como tu fazes, por exemplo, com brinquedos que eram meus e que agora são teus. Só nós é que percebemos onde nos pode levar um carrinho (mesmo que já não tenha capôt). Não digas a ninguém: vão querer vir todos. E eu tenho ciúmes. Teus.

Quero ir sempre ao teu lado. Guias tu...

Le godfather.

Espera por mim na esquina

Esperei. Esperei tanto que já nem sei quantos segundos tem um minuto, quantas horas tem um dia, quantos meses tem um ano. Esperei porque prometi que esperava, por respeito pela tua idade. Já não vens. Há quem jure todos os dias que te viu a ponta do cabelo e garanta que tu voltas para a semana, para o próximo semestre. Já nem sei o que és, o que foste. Se calhar nunca exististe. Maldita caixa de Pandora, esta, que eterniza a esperança na vida do Homem. Por causa dela oiço, já sem icterícia, crónicas da vida privada de um Ministro que se separou judicialmente da mulher para pagar menos impostos. Por causa dela percebo que homem que é homem muda de ideias dez vezes ao dia e não tem medo de lançar mísseis peregrinos para um ágora quase esvaziado por uma quinta onde os burros usam fio dental. Por causa dela acato decisões tomadas com base num risco previsto com seis meses de antecedência, e comunicadas às seis da manhã de uma sexta-feira, quando talvez se pudesse esperar pelo fim-de-semana e permitir às pessoas programar a sua vidinha. Porque é assim. Porque a chuva quando vem não nos pede a nossa opinião e até lhe agradecemos, pois já basta ter que decidir se vamos passear para o Colombo ou para o Vasco da Gama, se pedimos um empréstimo para as férias ou para trocar de carro.

Talvez um dia eu me canse de esperar e te abandone de vez. Ou talvez me apeteça voltar a arregaçar as mangas por ti. Mas temo que esse dia só chegará quando uma catástrofe te assolar, tipo Ferreira Leite convertida em ‘Nela a terrível’ de categoria 5 na escala de Saffir-Simpson, varrendo as SCUT de Norte a Sul. No dia em que, aninhada numa tenda instalada num estádio de futebol, partilhar metade de um pão com lágrimas com o Belmiro, vir velhinhos a morrer e a ajudar a tapar o défice, e crianças que só sonham com um dia tranquilo na companhia de um assistente de juiz.

Ainda aqui estou, sim, na esquina, sem saber se devo entrar no beco escuro para onde me guia o ruído ou seguir a luz azul com estrelas amarelas…

PC
PS: Isto de vez em quando convém ouvir os outros. Principalmente quando, como é o caso, têm a autoridade moral de ter baptizado este blog. Este espaço tembém é dela. Não pela autoridade moral, mas porque o que lhe "ouvi", no texto acima, merece mais o espaço do que o que eu lhe pudesse dizer hoje. Keizer Soze

outubro 20, 2004

Obituário

Faleceu, esta semana e em várias doses, o futuro de Souto Moura enquanto Procurador Geral da República. O óbito foi declarado pelo próprio fora do país com declarações que minam o sistema para o qual serve como um dos pilares.
A certidão foi assinada por uma diferença em relação às anteriores calinadas de Moura: este Governo não lhes fica indiferente. Santana Lopes manda dizer. E faz saber.
Faz saber que não se distrai como o anterior Governo: o Sr. Til escudava-se na necessidade da independência absoluta entre o poder executivo e judicial para não se pronunciar nem por em causa o PGR, entre outros actores de filmes vários. Fazia-o cavalgando a onda em que afogavam uma direcção partidária, demitindo-se mesmo de monitorizar as possibilidades que à Justiça se oferecem para escrutinar sem critério a acção dos partidos através do voluntarismo de magistrados de patente variada e competência indiscriminada.
Bem avisado, Santana não anda a dormir. Percebeu que aquela onda já não se deixa cavalgar - o que anula ganhos políticos para si. E ainda por cima explicaram-lhe que as ondas normalmente acabam em espuma, sem direcção nem forma, mas com o dobro da força. E que portanto um dia podia bem ver-se no ecrã de um qualquer enredo - ou no mesmo.
Ou seja: o incómodo de Lopes com a infelicidade das declarações de Souto Moura em Badajoz não se deve a um qualquer diagnóstico sobre a saúde do sistema de justiça em Portugal. É a expressão pública de que este Governo considera que o titular de um órgão por si nomeado deve ser politicamente acompanhado pela benção do poder que está. Que é o entendimento Constitucional, diga-se. A novidade é a ameaça de suspender essa benção se o pleno exercício da independência desse órgão implicar o escrutínio da classe política, dos políticos...
Não vá a maré mudar.
Na melhor tradição tevisiva: "Sr. Procurador: osenhoréoelomaisfracoadeus!"

outubro 19, 2004

Zarzuela em dois actos

outubro 18, 2004

Magnífica Cruz




O cavalheiro que produziu estas declarações chama-se Braga da Cruz e é o Magnífico Reitor da Universidade Católica Portuguesa. Sucede que hoje lhe penhoraram o gabinete por ordem do Tribunal da Relação, que apresentou no inventário dos bens caçados o calendário acima, ao lado de um pacote de "Dodots".
Ora... podendo nós assegurar que apesar da coincidência nos apelidos não se trata de pai e filha... qual é o papel dos cleenexes???!!

Nem no futebol escapamos...

Alguns factos:
  • Pinto da Costa é um homem esperto, mas, bem vistas as coisas à verdadeira escala, é um esperto cá em Portugal;
  • Luís Filipe Vieira é um homem intelectualmente humilde;
  • Os factos anteriores foram adjectivados da forma mais generosa que encontrei, após aturado recurso do dicionário da Texto-Editora;
  • A actual companheira de Pinto da Costa (escapa-me o nome, confesso) não deixa de ser uma Senhora;
  • A (ainda) Senhora de Pinto da Costa não deixa de ser esposa do Presidente do FCP;
  • A primeira estava na Luz e não merecia ter sido desconsiderada; a segunda nem lá estava e já merecia ter sido esquecida;
  • Nenhum de nós tem culpa dos cavalos que dirigem os clubes que amamos (a não ser que votemos neles);
  • Sou cada vez mais demente pelo Benfica;
  • O Pinto da Costa inspira-me os sentimentos mais primários;
  • O que me destingue do Sr. Vieira é que eu sou capaz de reprimir os instintos mais primários;
  • Por indução matemática, resulta que o Sr. Pinto da Costa instiga a violência e o Sr. Vieira é primário.
  • A vergonha deprime-me.

outubro 08, 2004

A verdadeira notícia do ano

Tinha que ser uma Mulher. E, mais do que provavelmente, tinha que ser Africana. Nem sequer se trata de reduzir a distinção do Comité Nobel a uma questão de género - depois de Ebadi, é a segunda consecutiva a merecer o prémio e espero que essa coerência não seja inocente.
O que acontece é que apenas uma mulher africana, como Wangari Maathai, pode fazer este tipo de conexão entre a pobreza e o ambiente, dos dois com a Paz, e dos três com a condição humana da mulher, com esta naturalidade e esta força. Fê-lo porque nasceu sabendo que o papel comunitário da Mulher numa sociedade como a queniana, já de si cruelmente injusta para qualquer ser humano independentemente do género, mas não da etnia ou da religião, estaria inevitavelmente destinado a um estado de submissão, se não fosse capaz de garantir o desenvolvimento sustentável de toda a sociedade, com as próprias mãos.
Sofreu, apanhou, foi presa, mas ficou, com a perenidade das árvores, para explicar aos energúmenos exploradores da pobreza que grassam pela cúpula dirigente (indigente, mas é) daquele país - todos homens, aliás - que nenhuma mulher do mundo pode ser reduzida à responsabilidade de providenciar o alimento (como se isso fosse pouco). Nem a limitar-se a alimentar, sequer: porque têm uma comunhão especial com outra Mulher que é a Terra (nem por acaso é mãe, não é pai) ainda se dão ao luxo de fazer por garantir que hão-de perpetuar esta função. É que os seus filhos, e os filhos deles, também são homens. E hão-de fazê-lo independentemente da recompensa, como todas as Mulheres.
Fê-lo com uma generosidade e uma capacidade que vai além do género e mesmo do génio de muitas cabeças tão respeitadas por esse mundo desenvolvido fora (sabiam que Bush estava proposto na lista preliminar do Nobel, sabiam??). Já fez esta senhora mais pela nossa vidinha a espalhar sementes, do que qualquer cabeça wolfowitziana a elaborar teorias sobre preemptive attacks.
Curvo-me, limitado, com vergonha por não poder pôr uma imagem (o computador não está apetrechado para o efeito), e... pelo género...

outubro 07, 2004

Enquanto oiço as declarações do PM em Belém

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7... não, isto não está a acontecer... 8, 9, 10, 11, 12, 13,... não pode ser, não pode ser... 14, 15, 16, 17, 18... ele não disse isto, ouviste mal... 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25... é mentira, é mentira... 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32... ele não disse que o Presidente ofende Portugal, não disse, não disse... 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39... ele não está a dizer que o Presidente não vela pelo regular funcionamento das instituições... 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46... em Belém!... não, ele não pode estar a dizer isto de Belém... 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53...
espera!
Aaaahhhh, que alívio. Afinal é sobre o golpe de Estado eminente na Guiné... uuuffffaaa....
NÃÃÃÃÃOoOoooooo........ fui eu que mudei de canal sem querer a meio... é mesmo ele... em Belém..., não pode ser verdade... 54 55 56 57 58 59 60 5........
Nem vou dizer nada. Por duas ordens de razão (se é que se pode aqui falar de ordem, ou de razão...):
Acho que já todos percebemos que criticar Gomes da Silva é bater no céguinho errado.
Pareceu-me, não sei se ouvi bem, não quero acreditar, mas pareceu-me ouvir de Sua Excelência o Primeiro Ministro deste país as seguintes sodomias:
  • Que o Presidente da República ofende Portugal (uma vez que ao chamar Marcelo Rebelo de Sousa a Belém quiz dar uma clara mensagem política - excitada, talvez, mas clara - e por isso supõe que tem o dever de averiguar se houve ou não pressão ou censura, o que neste ano da Graça do Senhor e com este Governo implica ofender os Portugueses);
  • Que o Presidente da República não vela pelo regular funcionamento das Instituições do Estado de Direito (que decorre da anterior sendo a "consequência política a retirar por parte de quem faz aquela suposição").

Jurei, e tenho cumprido com alguma parcimónia, que não escrevia mais sobre Jorge Sampaio. Quebro agora:

Já percebi que não é consigo que esta absoluta Fellinização deste país tem fim. Tiro a consequência política, como faz Santana Lopes. Não peço que demita o Executivo. Peço que se demita a si próprio.

outubro 06, 2004

Direito de resposta

Ao abrigo de uma decisão da Alta Autoridade para a Comunicação Social, A loira publica neste espaço o seguinte post, que agradece.
Não é à toa que linkámos a genuinidade deste bigo com o nome de Nó supra-external.
A referida Alta Autoridade está por apreciar a licitude da escolha feita por este blog de rebaptizar os blogues com os quais mantém links permanentes. Infelizmente, a deliberação está adiada por se encontrar a Administração deste Organismo de Interesse Público ausente em Bogotá na tomada de posse de Rui Gomes da Silva como Presidente Executivo do Grupo Media Capital

outubro 04, 2004

Um Partido maduro

Curiosamente, é com esta sensação de unanimismo volátil e de união da máquina partidária do PS em nome da conquista do poder - e isso foi inequívoco neste fim de semana - que me atingiu a certeza de que os Partidos, não apenas os de esquerda - não apenas os portugueses - se dirigem para a sua própria implosão.
O que o PS afirmou neste Congresso foi o cerrar de fileiras (muitas) - o que correu muito bem - adiando tudo aquilo que tem por esclarecer dentro de si próprio (que é bastante) - e que pode vir a correr mal.
A actual estrutura dos Partidos vai desaparecer, essencialmente, porque não está desenhada para responder a dois novos desafios: primeiro o da vanguarda na mobilização dos cidadãos em torno de causas estruturantes e na catalização da participação meramente cívica em sociedade; segundo o da comunicação programática e do seu ajuste face à pressão mediática.
O primeiro é um fenómeno endógeno aos Partidos que só estão habilitados a fazer estas manobras típicas de unanimismo em torno de um líder, varrendo para debaixo do tapete as ambições (também) legítimas daqueles que não afinam com a linha dura de uma direcção, e que por isso se traduz num remédio que não cura a doença - só atenua os sintomas. O segundo é uma inevitabilidade exógena a todas as formas de organização, sendo que as organizações partidárias estão muito desapetrechadas para lhe responder e em vez de terem a capacidade de criar um espaço de visibilidade para a sua mensagem, estão a fazer simplesmente o contrário: a adaptar a mensagem ao espaço de visibilidade que, porventura, os media lhes concedam.
E o requinte de malvadez é aquilo que em resultado destes dois obstáculos se pode observar na dinâmica dos Partidos, mais precisamente quando há sucessão no poder dentro deles:
no fundo, no fundo, a única linha condutora ao poder é a amizade. Não a amizade de que fala este post da Inês mas uma espécie de promiscuidade estratégica com eternos líderes do back-stage entronizados num perfume de poder nublado em nome não se sabe bem de quê, ou, em se sabendo, do aparelho. Ninguém me é capaz de negar que todos os militantes dos partidos, de delgados a Congressos a dirigentes de estruturas locais, não desenvolvem amizades interessadas em função, sempre, da melhor forma de proximidade ao poder que está, ou que esteja de uma próxima vez. Uns com os outros, com a imprensa, com dirigentes dos outros Partidos...
Há é uns quantos que o fazem com sacrifício, e outros que se sacrificam para o fazer. É a única diferença. Mas não traz muita esperança. Só deslegitima mais e mais os partidos aos olhos de uma opinião pública que, no caso da nossa, é completamente apática e inerte, mas não deixa de ter uma sensibilidade apuradíssima para estes malabarismos - que normalmente castiga. É aquilo que os dirigentes políticos chamam de maturidade do eleitorado. Não deixa de ter graça...