agosto 31, 2004

Por um canudo.




Ao telefone:

Jorge: Oh Paulo, aquilo é que é a minha fragata?...

Paulo: NÃO SEJAS SALIENTE!!!

Jorge: desculpa...

Fonte: O.L.

agosto 30, 2004

Classificados - Relax

Paulo... Minis. Poder...
Faço tudo menos "rebocador holandês".
Goza a minha Corveta...
Brincadeira com Fragata também vale....
Uuuhhhh...


Tss. Tss. Tss.
Ai, as fardas, as fardas...

agosto 27, 2004

Porque não sei escrever.

Coisas de admirador. É pena não poder oferecer o link que não está on-line, mas aconselho-vos, vivamente, a lerem a última crónica do Pedro Rosa Mendes na "Visão" de 26 de Agosto. Está na página 57 na sua rúbrica "Esplendor na Selva" e chama-se Florida, que é o nome de um motel em Monróvia.
É uma crónica sobre fragmentos partilhados, mais uma vez, com o fotógrafo Wolf Böwig que, tal como ao Pedro, conheci noutras paragens remotas. Convém lembrar o trabalho de ambos para esta mesma revista nas Libérias, Sudões e outros recreios congéneres destes pelo mundo (incivilizado?) fora.

Com a devida autorização já concedida, plagio duas passagens:

"Partilho com Wolf esta noção exacta do que nos trouxe ao caos: procuramos flores onde incendiaram a floresta."

"O trauma, talvez, é quando até Deus morreu e sobrámos nós para o chorar. É, suponho, quando conseguimos ver imagens no escuro e tocamos a projecção do que deixámos de ser. O dia, como em Monróvia, é quando pára de chover."


Respiro de alívio. Há mais quem perceba...

A pobreza de W. Bush

Duas más notícias que nos traz o correspondente em Nova Iorque do Público na edição de hoje, Pedro Ribeiro.
Primeiro, os dados que devem ser estranhos a esse intestino director da LUSA que nem por linhas tortas escreve direito. Costumas ser tão lesto a publicar dados do FED e da galopante retoma da economia americana que se estranha não venhas hoje falar do aumento em 12% dos americanos que vivem abaixo do limiar de pobreza (são já mais de 35 milhões). O número de americanos que não têm acesso a seguro de saúde também aumentou em 15%, e é preciso não esquecer que nos EUA não há cá SNS que os valha. Interessante também considerar a evolução consistente destes dados: aumentam consecutivamente desde que esse génio da economia que tanto agita a algália a Delgoebbels pôs as botas na sala oval. Convinha que lesses uns jornalitos, oh rapaz.
Segundo, e esta abre o sorriso ao luís (os caniches de Pavlov tembém babavam), que o dito bushevique está à frente nas sondagens para as presidenciais de Novembro. Razão: os americanos estão sobretudo preocupados com a Guerra no Iraque e o terrorismo e Bush tem nestas matérias, e como é normal num presidente em exercício, muita mais visibilidade. Ou seja, os americanos estão preocupados com a sua segurança e com a dos seus soldados: e devem mesmo estar - no pântano em que esta administração os enfiou também eu estava, mas afinal sou dos estúpidos que se preocupam com o bem-estar económico das famílias. Mas Bush personifica o poder que os protege e assim continuará enquanto perdurar esta política doméstica do medo.
Faz batota se necessário, Kerry. Já estamos acostumados de qualquer das formas...

agosto 26, 2004

Pássaros do Sul




"Mafalda Veiga neste blog???
Mas tás a reinar comigo??? Aaiiiiiiii..."

Não fui eu que disse. Foi ela...

agosto 18, 2004

Divided Joy

Fui com o Dylan revisitar o passado. Mais o dele do que o meu.
Mas gosto do passado dele. Aponta-me para coisas em frente.
O presente, tenho-o embaciado e inerte. Do futuro sei o mesmo que todos e não me apetece saber mais, hoje.
E o passado, o meu, ainda me sabe a mala sem asa.
Falta-me

Substance (Joy Division - não datado)

"Love Will Tear Us Apart"

When routine bites hard, and ambitions are low
And resentment rides high, but emotions won't grow
And we're changing our ways, taking different roads
Then love, love will tear us apart again

Is my timing that flawed - have our feelings run dry?
Yet there's still this appeal that we've kept through our lives
Love, love will tear us apart again

You cry out in your sleep - all my failings expose
There's a taste in my mouth, as desperation takes hold
Just that something so good just can't function no more
When love, love will tear us apart again --

PS (apesar de não gostar de travestir isto de messenger): ainda bem que voltas D. Urraca.

agosto 16, 2004

Obrigadinha*



Fazer a A-8 em direcção a Lisboa a ouvir esta cara amiga...
Sobretudo "I have a dream" (Joss Stone - The Soul Sessions, track ner.8).
Incendiou-me o carro, foi o que foi...
Mas soube-me bem.

* Citando Sara Pina em conversa com Octávio Lopes.

agosto 13, 2004

Máscaras de lata




Posso dizer-vos que ontem deixei o blog meio arrependido com medo de ter exagerado com os três posts sobre o regime à la Sampaio. Depois li o Independente de hoje e passou-me.

Jorge Sampaio não será, certamente o responsável pela degenerescência do Estado de Direito em Portugal. Como também não seria se o mesmo Estado de Direito gozasse de saúde plena. E o problema é exactamente esse.
Foi Sampaio quem viabilizou esta solução de Governo; mas não é dele a tutela sobre o director nacional da PJ.
Foi Sampaio quem, públicamente, veio apoiar este PGR (a banhos, confortavelmente); mas não é a ele que cabe propôr o seu nome e sustentá-lo políticamente.
Foi Sampaio que nos disse que tinha como dever velar pelo regular funcionamento da Justiça; mas não é a ele que cabe despachar semanalmente com o Director Nacional da Polícia Judiciária (era a Celeste Cardona).
Agora que assistimos ao desmascarar do "Tip of the Iceberg" deste apodrecimento dormente da democracia a que Sampaio preside, temo bem que o Presidente perceba agora quais são, verdadeiramente os seus poderes. Não tem tutela sobre a PJ? Não foi ele que propôs este PGR? Não fiscaliza a acção judiciária? Pois não.
A ele só lhe cabe viabilizar os responsáveis políticos por este estado de coisas. O verdadeiro poder de Sampaio, de exonerar quem contribui para a doença do regime, foi traído pelo próprio. É o único que tem. E passa a vida a insistir nos que não tem: vai fiscalizar Justiça, Finanças Públicas, Defesa? Eu não o mandatei para isso. E a Constituição não lho permite.

Dr. Sampaio: fique quieto. Deixe-se estar como de costume. Não demita ninguém, nem proponha nomeações. Quando esperei algo de si, fugiu-me. Agora, não se mexa.
O Sr. não tem máscara para tirar. Mas está sempre na primeira fila a assistir ao desfile. E de vez em quando até aplaude....

agosto 12, 2004

Sampaio desestabiliza o regime III

Terceiro: o Processo de pedofilia da Casa Pia, até agora, serviu apenas para comprometer um partido e um líder. Não sei se foi para isso que veio a lume; é discutível que os responsáveis pelo processo e pela justiça em Portugal estejam a cumprir o seu papel à risca e com imparcialidade; podemos discutir nomes e emitir opinião sobre o seu possível envolvimento. Mas não restam dúvidas de que há uma rede de pedofilia e demais acções criminosas associadas e que não é este processo que as vai pôr a nu; que o Procurador Geral da República tem tido um comportamento neste caso, a todos os títulos, lamentável, o que é assustador porque nos desarma de um dos braços garantísticos da viabilidade do regime; que o PR contribuía com a sua inacção (lembremo-nos do bacalhau público que Sampaio fez questão de dar a Souto Moura fazendo fé pública da confiança que nele depositava); que a imprensa contribuía com a voracidade comercial absolutamente alheia ao seu próprio código deontológico e escudada em interesses meramente corporativos (é essa a única explicação para a tomada de posição empenhada do seu sindicato sobre um caso que é juridicamente inequívoco do ponto de vista das responsabilidades criminais); que a cabeça de Adelino Salvado só rolou porque ameaçava tornar pública a acção voluntária (que contou com a orientação dos responsáveis pela justiça deste país, com a fome dos media e respectiva co-violação - com os primeiros - do segredo de justiça a conta-gotas, com a inépcia observadora do PR e, com certeza, com a mão asseguradora do Governo que sustentava todo este baile) e em determinado sentido, do envolvimento de responsáveis políticos no processo; que o Governo antes não se envolvia porque lhe dava jeito, e agora só se mete para fazer o mais puro "damage control"; que isto não fica por aqui - a tomada de posição daquele sindicato é só um sintoma disto mesmo; que toda a gente desconfia do envolvimento de personagens como Paulo Portas com responsabilidade de grande latitude em toda esta barafunda.

Sampaio desestabiliza o regime II

Segundo: houve uma acção voluntária para destruir o líder da oposição. Podemos discutir se foi concertada ou se o seu objectivo último era mesmo esse; é discutível a autoridade moral dessa acção; é especulável que o PR se tenha ancorado nela para não convocar eleições antecipadas - estou à espera que desminta, mas como está na Grécia a velar pela estabilidade do regime nessa verdadeira intervenção humanitária que foi perder 4 a 2 contra o Iraque, sem mandato das NU - se calhar ainda não teve tempo. Tenho opinião formada sobre tudo isto. O que não é questão de opinião: que Ferro Rodrigues teria tido a vida muito mais facilitada se não tivesse havido Processo de Pedofilia Casa Pia; que nesse caso o PR nada fez por se assegurar que o regime estava em regular funcionamento (não esquecer que o líder da oposição e conselheiro de Estado viu o seu telefone a ser escutado mais de 11000 vezes); que Ferro Rodrigues obteve sempre que julgado nas urnas, resultados surpreendentes e que foi "derrotado na secretaria".

Sampaio desestabiliza o regime I

Esta teoria pode até ser dicutível. Gosto muito de Luís Osório e do seu projecto mas o facto é que desde que correu mal aquela célebre manchete sobre a convocação das eleições antecipadas não podemos, em bom rigor, aceitar que seja mais do que especulação.
Mas juntemos-lhe a posição do sindicato de jornalistas sobre a divulgação das famosas cassetes, e vamos a factos.
Primeiro: o Presidente da República escolheu não convocar eleições antecipadas em nome da estabilidade governativa e do regular funcionamento das instituições.É discutível que o tenha conseguido com essa decisão; é especulavel que tenha tido a legitimidade para a tomar com base nos argumentos em que a tomou (leia-se leitura de uma maioria parlamentar versus legitimidade democrática conferida pela possibilidade de os portugueses dizerem de sua justiça); e é muito remoto que o tenha feito em nome da retoma (todos os tubarões da economia nacional - entre empresários, economistas e Governador do Banco de Portugal escolheram pronunciar-se em público, não sendo obrigados a isso - Guterres não falou, por exemplo - e optaram por dar toda a latitude de opções ao PR). Tudo isto pode ser discutido. O que não pode ser discutido: o que resultou dessa decisão foi que à possibilidade de Ferro Rodrigues vir a chefiar o Governo em resultado de eleições antecipadas, Jorge Sampaio preferiu viabilizar um governo sustentado numa maioria em quem ninguém votou; que não tem havido estabilidade governativa (de barracas nas tomadas de posse à interrogação simples sobre onde vão ter morada definitiva certas secretarias de Estado, sublinho, de Estado); que as instituições do regime não estão a funcionar regularmente (o director nacional da PJ demitiu-se, diz ele e nós acreditamos em tudo o que ele diz - tem que ser assim neste regime garantido por este PR - por falta de confiança política da tutela).

agosto 10, 2004

Afonso




Um blog não serve só para que os seus "contributors" escrevam tudo o que lhes vem à alma.
Também serve para admirar. Eu cá não acrescento nada.
Talvez... obrigado...

Nenúfares de luz branca para todos!


Ou de como eu, definitivamente, me estou a passar dos rolamentos...


Já repararam, decerto, que não ando com disposição "Big Show SIC". Sei que já repararam porque tenho dado atenção devida aos inúmeros telefonemas, avisos de colegas blogueiros a dizer que não ando a regular pela candura, conselhos e críticas de amigos(as) que me advertem para o mau uso que ando a dar a este site da loira ("que não serve para expressão de frustrações pessoais ou políticas etc. e tal" - coisa com a qual, por acaso, nem concordo porque este blog não tem linha editorial - vão lá ver a Maio deste ano no primeiro post).
Ora então, tomem lá daquilo que me põe bem disposto. E-mail da mana a puxar pelo shakra. Passo a reproduzir (o título era "Coração"):
"Putzi (ndb: esta parte era escusada de publicar, mas fica a honestidade da reprodução integral)

Não desanimes porque a vida é mesmo assim... o engraçado é que quando nos deparamos com encruzilhadas e temos que fazer escolhas ou tomar decisões a vida normalmente está a oferecer-nos novas oportunidades. Segue o teu coração que não te enganas!
bjs Mana Mónica".

Mais alguma coisa?!

agosto 09, 2004

Nandrolona Kodak

De vez em quando parece-me que o ser humano (este, com letra minúscula, os "nós" de todos os dias) não pode ser a entidade épica, cavalgante em permanente fulgor e em constante progresso. Andamos todos a fazer pela vida, e de caminho, ou lutamos por ver o dia a chegar ao fim ou temos fome de fazer História. Ou somos número de identificação fiscal ou, sozinhos, fazemos crescer o PIB. Dia de ter "tesão" durante 3.2 microsegundos por uma sombra no metro, ou de nos virarmos pelo avesso por gente de cor diferente num deserto de afinidades qualquer. De escrever um "post" ou de pintar uma "Guernica".
A vida é como andar a pé em Lisboa.

Conheço alguns heróis, o que é bom. E conheço daqueles heróis que perante o input mais infantil perdem a capa. E não deixam de ser heróis por isso - o que é melhor.
De cada vez que me afogo na "vidinha" de expediente, tento sempre lembrar-me de chegar às cinco da tarde, levantar os olhos para ele, que tem na mão um regador cuja utilidade para a vida descobriu nesse dia, e para ela que está em pose de boxeuse romântica, de sobrolho preparado e desafiante.
Alguém, felizmente, se lembrou de paralisar o tempo naqueles momentos e imortalizar em película o minuto mais importante das vidas deles. Até àquele minuto, pelo menos.
Não sou pai de nenhum dos dois.
Mas de cada vez que me afogo na "vidinha" de expediente e me lembro de fazer isto, às cinco da tarde, sinto a capa nas costas...
... e assento num papel que amanhã vou a Guantanamo dar uns tabefes numas patentes.



agosto 06, 2004

Making-up




Há momentos de luz.

Passo a reproduzir um testemunho que me foi dado por uma Senhora que me tentava vender a revista Cais no Bairro Alto. Trata-se de alguém com, aproximadamente, 45 anos, licenciada em História, articuladíssima acima da média, enfim... uma pessoa normal que, por razões que não vou reproduzir, viu a sua vida a encaminhar-se para a necessidade de ter de recorrer à Cais.
Contava-me ela que no princípio da sua "carreira" como vendedora da referida revista, tinha por hábito o de assaltar figuras conhecidas em ocasiões de exposição mediática, sempre diante da comunicação social que estivesse presente - estão a ver: numa de "Não me diga que vai ter a coragem de não auxiliar uma pessoa em carência, ainda por cima à frente desta câmara de televisão!".
A dada altura perguntei-lhe nomes. Responde ela:
-"A Betty Grafstein (ndb: mulher desse, para sempre nosso, José Castelo Branco) recusou-se a comprar, eu contei aos fotógrafos, isto apareceu numa revista, e no dia seguinte a Associação recebeu um donativo de 100 euros da dita!"
Deu-me a curiosidade: "Então e políticos?" Atira-me ela:
-"Oh! Quando ía ao São Carlos, o Guterres via-me à saída e vinha logo de nota de 5 na mão com medo que o vissem a fugir;
O Ferro não tinha paciência para me aturar, nem para aturar jornalistas, e portanto delegava a função na mulher - o que é bom, porque pelo menos eu não ficava a arder com os meus 2 euros;
O Sócrates é que era lindo..."-Porquê?! interrompi, esperançado num "estilo novo" na abordagem das vicissitudes dos desprotegidos. Respondeu:
-"Esse vinha ter comigo, de nota de 10 na mão, dizia que não queria a porcaria da revista, mas exigia que eu fose aos fotógrafos dizer que ele a tinha comprado".É uma resposta elucidativa.
Mas não é de esquerda.

Nem me cheira que seja muito moderna...

agosto 05, 2004

A loira considera...

... a hipótese de atribuír a este post de Quase Famosos o prémio de Melhor-Argumento-Original-do-Primeiro Semestre-de-2004.
Em breve, e depois de apurados os votos de todas as freguesias ao estilo de "Freguesia de Pau-Gordo/Atibá pour le Post nº deux Cázze Fámôsôzze: douze points!", divulgaremos as decisões finais.
Obrigado.

Bocejo

Perco muito mais tempo neste, do que com este, certamente.

agosto 03, 2004

O Grande Educador




Se não acreditam, leiam o DN de hoje.

agosto 02, 2004

Amador



Luís Filipe Borges,
Foste com tanta sede ao pote que nem deste por esta.
És muito novo...

Oh pai: olha ele!!!...

Ora, vem esta conversa a propósito de ter ouvido Soares Júnior a verberar contra os tiros que a (ainda direcção) do PS dava nos próprios pés, por exemplo, com a questão da participação do seu camarada (é bom não esquecer) José Lamego na Administração americana do Iraque.
João Pequeno faz-me lembrar aqueles putos da escola que são filhos do director (curiosa a semelhança) e que após uma zaragata com um colega se vão queixar ao paizinho. Podem ter razão, mas na escola, bem o sabemos, isso só tem um nome: És um chibo!
Do alto dos (p'raí) 5% que o esperam, Júnior faz-me lembrar outra pessoa (a falta de personalidade tem destas coisas): Savimbi também dizia que só uma fraude eleitoral de grande escala o impediria de obter uma votação à albanesa. Deu no que deu.
Haja paciência! Oh puto larga o pião, que tens que usar as duas mãos para puxar a manga ao teu pai e berrar com batidelas de pé: "Oh pai, também quero ser Secretário Geraaaalll...".