agosto 27, 2004

A pobreza de W. Bush

Duas más notícias que nos traz o correspondente em Nova Iorque do Público na edição de hoje, Pedro Ribeiro.
Primeiro, os dados que devem ser estranhos a esse intestino director da LUSA que nem por linhas tortas escreve direito. Costumas ser tão lesto a publicar dados do FED e da galopante retoma da economia americana que se estranha não venhas hoje falar do aumento em 12% dos americanos que vivem abaixo do limiar de pobreza (são já mais de 35 milhões). O número de americanos que não têm acesso a seguro de saúde também aumentou em 15%, e é preciso não esquecer que nos EUA não há cá SNS que os valha. Interessante também considerar a evolução consistente destes dados: aumentam consecutivamente desde que esse génio da economia que tanto agita a algália a Delgoebbels pôs as botas na sala oval. Convinha que lesses uns jornalitos, oh rapaz.
Segundo, e esta abre o sorriso ao luís (os caniches de Pavlov tembém babavam), que o dito bushevique está à frente nas sondagens para as presidenciais de Novembro. Razão: os americanos estão sobretudo preocupados com a Guerra no Iraque e o terrorismo e Bush tem nestas matérias, e como é normal num presidente em exercício, muita mais visibilidade. Ou seja, os americanos estão preocupados com a sua segurança e com a dos seus soldados: e devem mesmo estar - no pântano em que esta administração os enfiou também eu estava, mas afinal sou dos estúpidos que se preocupam com o bem-estar económico das famílias. Mas Bush personifica o poder que os protege e assim continuará enquanto perdurar esta política doméstica do medo.
Faz batota se necessário, Kerry. Já estamos acostumados de qualquer das formas...