Sampaio desestabiliza o regime I
Esta teoria pode até ser dicutível. Gosto muito de Luís Osório e do seu projecto mas o facto é que desde que correu mal aquela célebre manchete sobre a convocação das eleições antecipadas não podemos, em bom rigor, aceitar que seja mais do que especulação.
Mas juntemos-lhe a posição do sindicato de jornalistas sobre a divulgação das famosas cassetes, e vamos a factos.
Primeiro: o Presidente da República escolheu não convocar eleições antecipadas em nome da estabilidade governativa e do regular funcionamento das instituições.É discutível que o tenha conseguido com essa decisão; é especulavel que tenha tido a legitimidade para a tomar com base nos argumentos em que a tomou (leia-se leitura de uma maioria parlamentar versus legitimidade democrática conferida pela possibilidade de os portugueses dizerem de sua justiça); e é muito remoto que o tenha feito em nome da retoma (todos os tubarões da economia nacional - entre empresários, economistas e Governador do Banco de Portugal escolheram pronunciar-se em público, não sendo obrigados a isso - Guterres não falou, por exemplo - e optaram por dar toda a latitude de opções ao PR). Tudo isto pode ser discutido. O que não pode ser discutido: o que resultou dessa decisão foi que à possibilidade de Ferro Rodrigues vir a chefiar o Governo em resultado de eleições antecipadas, Jorge Sampaio preferiu viabilizar um governo sustentado numa maioria em quem ninguém votou; que não tem havido estabilidade governativa (de barracas nas tomadas de posse à interrogação simples sobre onde vão ter morada definitiva certas secretarias de Estado, sublinho, de Estado); que as instituições do regime não estão a funcionar regularmente (o director nacional da PJ demitiu-se, diz ele e nós acreditamos em tudo o que ele diz - tem que ser assim neste regime garantido por este PR - por falta de confiança política da tutela).
Mas juntemos-lhe a posição do sindicato de jornalistas sobre a divulgação das famosas cassetes, e vamos a factos.
Primeiro: o Presidente da República escolheu não convocar eleições antecipadas em nome da estabilidade governativa e do regular funcionamento das instituições.É discutível que o tenha conseguido com essa decisão; é especulavel que tenha tido a legitimidade para a tomar com base nos argumentos em que a tomou (leia-se leitura de uma maioria parlamentar versus legitimidade democrática conferida pela possibilidade de os portugueses dizerem de sua justiça); e é muito remoto que o tenha feito em nome da retoma (todos os tubarões da economia nacional - entre empresários, economistas e Governador do Banco de Portugal escolheram pronunciar-se em público, não sendo obrigados a isso - Guterres não falou, por exemplo - e optaram por dar toda a latitude de opções ao PR). Tudo isto pode ser discutido. O que não pode ser discutido: o que resultou dessa decisão foi que à possibilidade de Ferro Rodrigues vir a chefiar o Governo em resultado de eleições antecipadas, Jorge Sampaio preferiu viabilizar um governo sustentado numa maioria em quem ninguém votou; que não tem havido estabilidade governativa (de barracas nas tomadas de posse à interrogação simples sobre onde vão ter morada definitiva certas secretarias de Estado, sublinho, de Estado); que as instituições do regime não estão a funcionar regularmente (o director nacional da PJ demitiu-se, diz ele e nós acreditamos em tudo o que ele diz - tem que ser assim neste regime garantido por este PR - por falta de confiança política da tutela).
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