fevereiro 15, 2005

Crucifixos e aventais

Já não temos crucifixos nas escolas, já não abençoamos os nossos edifícios públicos, as igrejas estão vazias, mas o ópio do povo, reencarnado na figura dos altos dignatários da Igreja católica, ainda entorpece a nossa vida política.
Apelos eleitoralistas em nome da vida, ataques cerrados à Maçonaria – cuja rendição fica patente nas palavras do grão-mestre António Arnaut sobre o “reavivar do milagre de Fátima” com a morte da irmã Lúcia -, ou a governamentalização da Opus dei são apenas faíscas de um auto da fé que arde sem se ver. Eles não dormem.
Em homenagem a Lúcia, cabeça de lista pelas portas do céu, cancelou-se a campanha. Oremos, por amor a Portugal.