julho 29, 2004

Rascunho de filósofo

Na antiguidade clássica, uns rapazes acabaram por construír um dos pilares perenes, senão o mais profundo, da nossa civilização. Chamavam-se os Peripatéticos.
Andavam de um lado para o outro, em zigue-zagues de lógica filosófica dos quais deduziam teoremas aos quais obrigavam os seus discípulos a chegar (quer eles o percebessem ou não) porque assim inventavam uma ideia de sociedade.
Exemplos: Platão e o outro que ostenta o mesmo nome que este meu aqui, desgraçado...
A diferença entre os filósofos de outrora e estes "outroras" de filosofia actuais está, como é fácil de ver, em que o que se pretende agora é chegar aos discípulos através de teoremas que tanto zigam como zágam subvertendo a lógica filosófica dos valores aos interesses de um lado, ou de outro, por onde não se importam de derivar ao sabor daquilo que momentaneamente lhes seja mais... produtivo.
Peripatéticos é uma expressão que assume hoje novos contornos. Sócrates era um "ideota". Este derivado actual também é. Mas merecendo mesmo o "i" no meio.

PS: cá por mim, rapaz, descansa que não me esqueço que andavas a preparar a tua subida enquanto outros davam a cara. A vida é uma soda, já dizia o teu tio...