março 30, 2005

A lei de Murphy aplicada à família no local de trabalho

Aconteceu-me o pior de tudo.
Novo emprego, segundo ou terceiro dia de trabalho efectivo (desconto, portanto os primeiros três de conhecer a casa, ligar net, ter secretária - a mesa, não a funcionária) – e o que é que eu faço? Chego atrasado!
Mas não é isto o pior.
O pior é chegar atrasado, com cara de perdido culpado, depois de passar a noite monitorizando descargas vesiculares.
Pior ainda: o golpe final, o cúmulo do azar, o estigma perene também não é isto.
O impulso à demissão é ser recebido pelo pai à porta do local de trabalho, em amena cavaqueira com colegas que passaram a ser meus, mas que já foram dele - incluindo chefias.
Entre isto e uma entaladela no fecho eclair, venha a última com direito a descarga eléctrica no "Zeca".
Atirou-me: “Olha lá, isto é que são horas de entrar ao serviço?!”
Penso para mim que não, que não são…
Mas o pior, o pior de tudo, foi o que pensei a seguir, sorrindo sozinho enquanto subia as escadas a olhar para os sapatos:
“Não te tinhas reformado…?”