fevereiro 28, 2005

Mediterrâneo

Sabe bem voltar a nós, sentir a tua brisa morna na pele, adivinhar o sal das tuas ondas ao ouvido. Chamaste Mahler para nos acompanhar ao piano. A maré está vazia, não me deixas mergulhar. Envolves-me o corpo, embacias-me o olhar. Não me deixas mergulhar.
Recua mais, sim, deixa a minha praia secar, como os meus lábios que vejo em fogo no reflexo do teu olhar.
Afogo o mergulho e sacudo a areia. Sono tranquilo, nos braços da tua maresia.