novembro 21, 2005

Todas as cartas de amor são ridículas

O cheiro a lareira traz o cacimbo, mas a distância inexistente impede o ‘gosto tudo de ti sempre até ao fim do mundo’. Não há momentos para o dizer boca a boca, enviar milhões e milhões de beijos, exigir lembranças.
A verbalização da distância, da saudade, do amor. Da guerra acho que também chegou a altura de falar e de ouvir e de escrever e de ler, mesmo e sobretudo envolto em cartas de amor ridículas.

Recomendo, sem saber bem porquê. Talvez para impedir que 'entremos tão depressa nessa noite escura’.