outubro 04, 2005

Contra-femina

Obrigaram-me a ler as Memórias de Adriano e não gostei. Também não gostei da Sibila e hoje degusto Agustina - apesar das suas repetições escloresadas -, porque há-de haver sempre uma frase doce ou assassina que me conquista.
Oferecem-me uma biografia de Marguerite Yourcenar e a fotografia na capa fez-me pensar em Agustina. Só que ali estava uma mulher bem mais rica em contradições do que Agustina, uma mulher que gostava de mulheres e que escrevia sobre homens homossexuais com quem se identificava. Um certo mundo ao contrário. Uma mulher de semblante repulsivo que viveu cinco décadas às expensas de outra no Maine. Uma mulher que achava as mulheres protagonistas menores para as obras literárias.
Reli a Sibila; não sei se consigo reler Adriano.