dezembro 02, 2004

Benzido com água forte

Não tardaremos a ouvir Paulo Portas, referencial da estabilidade democrática promovido, a propor-se para viabilizar qualquer solução de Governo. Qualquer. Faz parte daquilo que considera ser o seu avenir pessoal patriótico.

E já cá cheira que Sampaio nos pretenderá fazer crer que a sua jogada terá sido, desde o início, a de acabar para todo o sempre com o tipo de populismos que Portas encarna, com a tese de que não dissolveu em Junho para queimar definitivamente este abcesso do sistema político em Novembro depois de quatro meses de descredibilização total. Nada me parece tão absurdo quanto isso.

Escusa é de andar a mandar a boca para a imprensa: agora faça-o mesmo. Não só porque nos deve. É porque à mulher de César, não basta parecê-lo.