junho 18, 2004

Delírio tropical

Bloqueado mental. Estou bloqueado com este post do D.T.
Porque há coisas na vida que uma cam-corder da Philips não é capaz de reproduzir com a fidelidade de quem escreve como faz o nosso Dylan ou como a, cada vez mais nossa, Musalia. Cabe-me a superficialidade, até para quem nos lê poder recuperar fôlego, reequilibrar-se e absorver.
Lembro-me de uma estória, que ao blogue da loira já é mais ou menos familiar, mas não totalmente enquadrada.
Certa vez, noutros trópicos, estava em patrulha(!?) com uma secção de militares portugueses por montanhas quentes e, durante uma pausa, decidi partilhar com eles algumas linhas de um dos meus escritores menos preferidos. Reza o Pedro Paixão: "... se bem que nada saiba sobre mim, sei tudo o que há a saber sobre as mulheres. Resume-se a isto: em todas, sem excepção alguma, encontram-se duas constantes: uma expectativa, que não revelam, e uma decepção, de que não se queixam. E não digo mais nada. Não é preciso."
Li-lhes isto e ouvi-lhes o silêncio que só foi interrompido quando o Sargento (sempre o mais velho, avisado, camarada e experiente de qualquer formação de infantaria) me ensinou o brinde que reproduzo na quase totalidade: Enquanto há lingua e dedo, não há miuda que meta medo!
Enfim... monções...